Boa noite meninas!
Essa semana recebi um depoimento inspirador de uma leitora do blog... Fiquei muito feliz por poder ajudá-la mesmo sem conhece-la!
Que sirva de inspiração para quem mora em cidade pequena , onde é difícil encontrar fisioterapeutas especializada em uroginecologia.
Boa leitura!
"Eu descobri que era vagínica em
2015, quando comecei a namorar pela primeira vez. Eu já tinha tentado ter
relações sexuais antes, com um moço com quem eu estava ficando, mas eu senti
muita dor e resolvi não insistir, eu nem gostava do moço e sexo até me era
irrelevante, já que eu consigo me masturbar e me satisfazer normalmente.
Com o meu namorado foi diferente,
claro, eu me sentia extremamente frustrada, porque além de ter um desejo enorme
por ele, eu me sentia mal por não conseguir satisfazer um desejo meu e dele, a
dor era horrível toda vez que tentávamos. Só consegui ter penetração uma única
vez e mesmo assim foi bem doloroso, cheguei a sangrar, mas acreditei que a dor
era por eu ainda não ter tido penetração antes, aquela era a tal “dor da
virgindade”. Qual não foi a minha surpresa quando, ao tentarmos novamente, eu
senti a mesma ardência de antes.
Depois de mais uma tentativa
frustrada, em que eu sangrei novamente, chegamos à conclusão de que eu
precisava ir ao ginecologista e descobrir se eu não tinha alguma infecção ou
outro problema fisiológico. Meu namorado chegou a sugerir que eu pudesse ter
vaginismo (pesquisávamos muito sobre dores na relação sexual), mas eu não
aceitava a situação, achava que o problema deveria ser fisiológico. Fui ao
ginecologista, mas o médico só me disse que eu precisava relaxar e deixar meu
namorado "agir", que devíamos estar pulando as preliminares e minha
lubrificação devia ser insuficiente. Mas nós sempre gastamos tempo nas
preliminares e usávamos lubrificante. Além disso, o médico colheu material para
fazer meu exame Papanicolau e aquilo foi terrivelmente doloroso para mim, mesmo
com ele sendo paciente e me avisando a todo instante para relaxar.
Comentei com uma amiga e ela
falou que tinha passado por isso, que era vaginismo mesmo e que eu deveria
tentar transar bêbada. Tentei e foi outra decepção para mim e o meu namorado,
mas ele seguiu me apoiando, apesar da frustração.
Bom, a essa altura, eu sabia que
meu problema tinha um nome e fui atrás de mais informações, li muitos sites e
blogs sobre o assunto, procurava o máximo de informações possível. Nos resultados
de uma das pesquisas apareceu uma fisioterapeuta especialista no assunto, aqui
na minha cidade, mas como eu não estava formalmente empregada, estava ganhando
pouco e sem estabilidade, eu resolvi procurar outras informações, queria ver se
era possível me curar sozinha. Foi quando encontrei o blog da Dra. Fernanda, e
como ela sugeria, comprei um kit de dilatadores vaginais e comecei a fazer os
exercícios diariamente, fazia mesmo que estivesse cansada ou com pouco tempo.
A cura veio! Em cerca de 20 dias
eu consegui ter uma relação sexual com ele sem dor nem nada. Estávamos sozinhos
na minha casa e eu nem cheguei a pegar o lubrificante. Eu finalmente me senti
mulher, me senti realizada com isso, porque antes, eu me sentia um ET, já que
minhas amigas não tinham problema para fazer sexo e eu sim. Era horrível ter um
namorado e não conseguir fazer algo tão comum às outras pessoas.
Não desistam jamais, meninas.
Tenham dedicação que a cura virá!"
M. 23 anos.