quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

“Foram oito anos sofrendo com o vaginismo: Agora, faço sexo normalmente depois de três sessões de fisioterapia”


Olá meninas... Trago hoje um depoimento muito especial!/!!

Essa paciente sofreu por 8 anos, sem saber  qual era o problema. E graças a um bom médico ginecologista, finalmente ela foi diagnosticada corretamente e assim pode procurar pelo tratamento de fisioterapia uroginecológica. A paciente ainda não teve alta, mas eu achei tão surpreendente os resultados que já conquistamos em pouquíssimo tempo, que já pedi que ela enviasse logo, um primeiro depoimento. 

Acreditem na fisioterapia pélvica!!! O vaginismo pode ser curado em 100% dos casos!!! É claro que cada caso tem um tempo diferente, algumas vezes 10 sessões são suficientes e em outros casos demoramos um pouquinho mais.


Segue depoimento:


Foram oito anos sofrendo com o vaginismo: "Agora, faço sexo normalmente depois de três sessões de fisioterapia"

                    " Sempre escutei das minhas colegas de escola na adolescência o quanto era dolorido perder a virgindade. Tive minha primeira vez aos 18 anos com muita dor e dificuldade. Sem ter o menor jeito comigo, ele era 21 anos mais velho e logo me deixou. Eu tinha caído no conto do príncipe encantado. Mas sabia que havia algo errado comigo, não sei. Talvez tivesse ficado marcado na minha mente o que as meninas diziam relativo a sangue e dor.  
                     Eu tinha um medo terrível de fazer o toque ginecológico e o preventivo, como até hoje. Mas isso faz parte do meu segundo trauma. Alguns anos depois, fui a uma ginecologista renomada. Apesar disso, ela nem me deu tempo de explicar o que acontecia comigo, foi me encurralando pra fazer o exame, dizendo: “você já não teve relação? Então”. Até que foi enfiando o dedo contra a minha vontade pra fazer o toque. Eu sentia uma dor imensa e o coração disparado. Como a vagina foi se fechando, ela não conseguiu continuar e falou de forma extremamente ignorante: “Ah, você tá muito nervosa. Eu hein. É melhor voltar outro dia, quando estiver mais calma”. Depois disso, saí pela rua chorando e liguei pra minha mãe, explicando o que aconteceu. Mas ela também não entendia.    
                     Comecei a pesquisar na internet sobre o vaginismo. Eu já devia ter por volta de 24 anos. Li algumas coisas e me identifiquei com o problema. Decidi comentar com a minha irmã, mais velha. Ela nem se dispôs a escutar o que eu tinha pra falar, disse: “O piru não entrou? Você não tem nada disso”. Bom, então com quem mais eu poderia conversar? Fiquei com vergonha de mim e não tive coragem de comentar com mais alguém.
                     Até que agora, com 27 anos, eu estava trabalhando em um hospital federal, e tive um inchaço na entrada da vagina. Procurei uma opinião lá mesmo e conheci quem ia mudar a minha vida, dr. André Luís. Ele veio me examinar e eu disse que sentia dor por causa da endometriose, pois tenho a doença. Quando ele tentou fazer o toque e não conseguiu, disse: “Isso que você tem é vaginismo. Não está relacionado com a endometriose”. Ele disse o meu problema sem que eu precisasse dizer o que sentia.
                     Foi um imenso alívio. Apesar disso, eu estava conhecendo uma pessoa, ele era médico psiquiatra. E eu estava decidida que ia tentar novamente. Ouvia dizer de algumas pessoas que usando bebida alcóolica iria ficar relaxada. Senti a esperança de que tudo poderia acontecer naturalmente. Porém, por mais que eu estivesse relaxada, o pênis não entrou. Sabe qual a atitude dele? Além de ter ficado nervoso, disse que eu era fresca, fria, não sabia dar e já estava com vontade de vomitar.
                     Me senti horrível. Corri de volta pro dr. André, contei a ele sobre o ocorrido e perguntei o que eu deveria fazer pra me curar do vaginismo. Fiquei revoltada, achando que fazia parte de uma minoria. Mas também comecei a pesquisar, ler depoimentos e encontrei o blog da dra. Fernanda e um grupo no Facebook. Marquei uma avaliação com ela pra fazer a fisioterapia pélvica. Não estava sozinha, existem centenas de mulheres com o problema.
                     Um dia depois da consulta, fui ao dr. André e tomei a coragem de fazer o exame de toque. Com toda a paciência, calma, carinho e cuidado, ele conseguiu inserir os dois dedos, tocar o meu útero e até colocar o espéculo, foi o momento que eu pedi pra parar. Mas pra quem não conseguia colocar nada, foi um grande avanço. Não senti dor. E nem tinha dado início as sessões de fisioterapia.
                     Então, comecei o tratamento com a dra. Fernanda. Ela passa confiança e tem paciência, além de saber lidar com a paciente de um jeito especial. Eu achava que o meu caso era muito sério. Mas durante as sessões, nós conversávamos e passei a ter a consciência de que existiam mulheres em situação pior. Ela me incentivou a fazer os exercícios com os dilatadores todos os dias, em casa. Quando sozinha consegui colocar o dilatador 1, ri espontaneamente, de felicidade. Foi assim que prossegui.
                     Eu ainda me sentia chateada com o que estava acontecendo comigo, também me achava menos mulher. Mas nas consultas com o dr. André, ele me apoiava, dizia que eu não tinha motivo pra me sentir mal e me encorajava. É alguém que eu posso falar sobre tudo... Ele tem um astral muito diferente, me deixa calma.
                     Eu tinha decidido que não ia conhecer outra pessoa até me curar do vaginismo. Mas com a autoestima que o dr. André despertou em mim, me coloquei disposta e conheci um cara, que hoje é meu namorado. Finalmente, depois de três sessões, exercícios feitos diariamente e muito bate-papo com o meu ginecologista (que também me serviu como psicólogo, até melhor), eu consegui ter a minha primeira relação completa. Quando eu vi que tinha entrado tudo, chorei automaticamente, feito uma menina de 15 anos. Fui muito bem tratada, ele teve paciência, carinho e respeito.
                     Dra. Fernanda é fundamental no meu processo de cura, pois apesar de ter relações normalmente, vou continuar as sessões até não sentir sequer uma ardência. Mas se não fosse dr. André com todas as conversas, paciência, atenção e cuidado, eu não teria tido um avanço tão rápido.
                     Foram oito anos sofrendo com o vaginismo. Mas me serviu de aprendizado, eu sinto que precisava passar por isso pra tirar lição. O meu recado pras mulheres que sofrem disso é: Jamais deixe alguém te maltratar, pois o que você tem não é a pior coisa do mundo e existe cura. O vaginismo pode te tornar uma pessoa melhor, mas quem maltrata é um ser humano horrível. Sendo assim, só podemos lamentar por aqueles que não são capazes de evoluir."

3 comentários:

Unknown disse...

Olá... me identifiquei demais com esse testemunho, pois minha história é muito parecida, muito mesmo... a única diferença é que tenho isso há 14 anos. Conheci a pouco tempo o termo vaginismo e já encontrei profissionais para iniciar o tratamento em Fevereiro. Estou ansiosa e feliz ao mesmo tempo. Algo mudou em mim depois de ver que tudo que eu sentia tinha um nome e que tem cura!
Gostaria de ter contato com a pessoa do testemunho acima, se possível, pois foi muito incrivel a história ser tão parecida. Meu e-mail é projetofv2015@gmail.com . Obrigada! Amanda.

Anônimo disse...

Tive vaginismo, e hoje estou curada.
Gostaria de dizer pra todas as mulheres que estão nessa luta contra o vaginismo que continuem acreditando...o vaginismo tem cura sim!!!!

Anônimo disse...

Oi! Parabéns pela sua vitória!
Por favor, você poderia postar o telefone desse Dr. André? Tenho vaginismo e uma preciso de um ginecologista. Já fui há 3 ginecologistas e nenhum dos 3 entendia o meu problema, dizem que sou fresca e que basta relaxar. Sempre sai dos consultórios chorando. Por favor, passe o telefone deste médico. Obrigada!